Idealizada pelo escultor de Canindé, Deoclécio Soares Diniz, conhecido artisticamente como “Seu Bibi”, o monumento de concreto teve suas obras iniciadas aos 3 de junho de 2002. O investimento financeiro, de R$ 2,2 milhões, foi disponibilizado pelo Ministério dos Esportes e Turismo, através da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e pelo Programa de Infra Estrutura do Turismo (Prointur). Canindé recebe a segunda maior romaria franciscana do mundo. De acordo com a assessoria de imprensa do município, no entanto,  a construção poderia ter começado muito antes, ainda na década de 90, quando o artista local Bibi, autor de um Cristo Redentor de 40 metros em Mar Del Plata, na Argentina,  esculpiu a cabeça do santo. Só que o assunto esbarrou em questões políticas, já que alguns prefeitos eleitos relutavam em dar continuidade a projetos de administrações anteriores. Mesmo depois de pronta, a estátua continuou sendo alvo de polêmicas. A população, a princípio, rejeitou a estátua, por considerá-la mais parecida com São Pedro do que com São Francisco.  O Frei Carlos Antônio, vigário do município na época, justificou a aparência da obra.  “Pela dimensão da imagem, o arquiteto Expedito Deus dará teve que trocar o manto da imagem para melhorar a visibilidade à distância”, explica o religioso. Ele faz questão de assumir que esteve no grupo que questionava a estética do monumento. “No começo, eu também estranhei alguns aspectos visuais da obra, mas depois percebi que ela seria boa para a cidade”, diz. “Tanto que participei da cerimônia de inauguração, ao lado do arcebispo de Fortaleza, dom José Antonio Tosi”.

A primeira capela dedicada a São Francisco de Canindé apareceu no tempo em que os portugueses colonizavam os sertões do Ceará e no tempo em que a Coroa Portuguesa concedia terras(Sesmarias), como política de povoamento. A exploração destas terras pelo colonizadores portugueses se deu pela Serra de Baturité, onde moravam os colonos e por lá registravam suas terras. No inverno permaneciam no sertão e no verão retornavam a Baturité, pois possuíam sítios na serra e fazendas nos sertões.

A Construção da antiga capela data do ano de 1775, foi iniciada pelo primeiro donatário das terras de Canindé, entre eles o capitão Antonio Alves Bezerra. Em 1776, foram suspensos os trabalhos da capela, devido à grande seca que então assolou a região. A antiga capela sofreu diferentes transformações de 1775 a 1796, ano em que foi definitivamente concluída. A construção não ocorreu de uma só vez pelos fatores já apresentados e para comprovar havia registro de falhas na simetria e tortuosidade das paredes que deixava claro que a sua construção fora demorada, passando por diversas transformações em épocas diferentes, e que remonta-se à antigüidade do passado século, não podendo ser contestada a data de 1775 que lhe atribuídas a relatos de históricos de pessoas ilustres da época.

O responsável pela construção da primeira capela em devoção Franciscana, Francisco Xavier de Medeiros, viera de Baturité, era cidadão português, filho de um português do mesmo nome. Seu pai era Capitão e ele era Sargento-mor. O mesmo instalou sua fazenda à margem do rio Canindé, eregindo uma capela sob a invocação de São Francisco. Xavier de Medeiros era um homem religioso, pertencia a Ordem Terceira Franciscana, criada por São Francisco para atender aos leigos que queriam seguir o mesmo ideal. Os terceiros franciscanos figuravam também como pioneiros da colonização do Ceará.

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Oficial do site do Santuário